As Cumade é uma dupla composta pelas artistas Anaíra Mahin e Lu Rabelo. Iniciaram suas parcerias no princípio dos anos 2000 e vêm em sua estrada pesquisando poesia popular, ancestralidade feminina, realizando recitais, performances e vivências, expressando e promovendo a expressão. As raízes sertanejas do Pajeú pernambucano, a vivência no Recife e
o gosto pela poesia popular uniram as poetisas. São comadres que se encontraram na vida, e vêm ao longo desse laço, explorando as mais diversas formas de parceria na vida e na arte.
Em 2006 lançaram o primeiro cordel: ‘Quando eu ia ele voltava...’, utilizando
um mote popular para falar de um amor desencontrado. O poema foi apresentado no
Recitata, em 2007, tendo sido premiado em terceira colocação.
Em 2008 foi a vez de versarem sobre a sociedade, a existência, no cordel ‘Com
Ciência de Cumade’, premiado com a primeira colocação no Recitata daquele ano.
No ano de 2010 a temática da paixão voltou a povoar a poética da dupla, que
lançou o ‘Cordel do Carma Amoroso, terceiro lugar na final do Recitata 2010.
Em 2014, a cultura cigana inspirou às Cumade, que escreveu o cordel ‘As Ciganas
do Egito’, estimulando a dupla à caravana. O cordel foi apresentado em 2015 na
Jornada Literária do Araripe (SESC/PE), no XXV Festival de Inverno de
Garanhuns, no evento Excentricidades (Sexto Andar, Edf. Pernambuco) e no Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE (Campus
Barreiros). No final de 2015 lançam um box contendo os quatro cordéis, com patrocínio do
Funcultura/Governo de Pernambuco. Para o lançamento vêm preparando um recital,
com influência cênica, figurinos e musicalidades.
Em 2018 realizaram o projeto de pesquisa em artes cênicas “Caminho de Comadres – a poética da
ancestralidade em cena” aprovado no edital FUNCULTURA 2017.
Atualmente desenvolvem um trabalho hibrido com poesia, teatro e música. Apresentações performáticas com aberturas para o improviso do presente. Suas temáticas envolvidas têm um viés político de conscientização, trazer à tona a relação com os saberes do feminino obscurantado pela hegemonia patriarcal e tecnicista. Portanto, Sustentabilidade, agricultura familiar e orgânica, povos tradicionais, força feminina e criativa, mãe terra; são conteúdos que perpassam o trabalho dessas Cumade.
Além de recitais e performances, As Cumade oferecem oficinas e vivências
poéticas para públicos diversos.
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